Ultimamente temos ouvido falar que o surto do COVID-19 (usualmente chamado de Corona vírus) tem causado impactos na economia mundial, sendo a incerteza a única previsão acertada. Mas, o que muitas vezes não fica claro são as razões desse impacto de grandes proporções e quais os cenários esperados pelos governos e pelo mercado. E essas informações são importantes para que as empresas possam criar estratégias contingenciais para reduzir ao máximo os riscos aos seus negócios.
Foi pensando nisso que a consultoria McKinsey&Company publicou um artigo em seu site chamado COVID-19: Implications for business (COVID-19: Implicações para os negócios, em tradução livre). O artigo objetiva informar sobre a evolução do surto e suas implicações para o mercado, atestando que as informações contidas nele podem ser atualizadas muito rapidamente.
Sendo assim, uma das principais causas apresentadas no artigo para explicar o porquê deste surto repercutir tanto economicamente é que o número de casos fora da China excedeu os internos pela primeira vez em 24 de fevereiro. Já são 54 países que relataram casos desde 29 de fevereiro. No total, os países mais afetados representam quase 40% da economia global – China (centrado em Hubei), leste da Ásia (Coréia do Sul e no Japão), Oriente Médio (Irã) e a Europa Ocidental (Itália). Mesmo com a situação na China tendo se estabilizado, novos focos do surto emergem progressivamente, como os surgidos na América Latina (Brasil), Estados Unidos (Califórnia, Oregon e Washington) e África (Argélia e Nigéria). Esse fato reflete os movimentos diários das pessoas e o grande número de conexões pessoais dentro desses complexos de transmissão, tornando improvável que o COVID-19 possa ser contido.
Essa situação é percebida pelo público e a confiança do consumidor, especialmente nos lugares com mais concentração de casos, tende a diminuir e pode ser ainda mais enfraquecida pelas restrições geográficas impostas pelos governos, como no caso de viagens e reuniões em massa. A China, provavelmente, se recuperará primeiro, mas o impacto global será sentido por muito mais tempo. Segundo a consultoria, é esperada uma desaceleração do crescimento global para 2020.
Outro fator que corrobora para esta recuperação da demanda é que as localidades ainda pouco afetadas ou sem casos possuem mais tempo para conhecer o COVID-19 , ou seja, tempo adicional para a preparação, sendo possível gerenciar o crescimento de casos quando surgirem.
O cenário pessimista pressupõe que o vírus não seja altamente sazonal e que os casos continuem a crescer ao longo de 2020. Esse cenário teria um impacto significativo no crescimento econômico ao longo de 2020, resultando em uma recessão global.
O artigo também cita o grande desafio que se deve ter com a cadeia de suprimentos em ambos os cenários. Comenta que atualmente, empresas com equipes de compras fortes e centralizadas e boas relações com fornecedores na China estão mais confiantes em sua compreensão dos riscos que esses fornecedores enfrentam (incluindo fornecedores de nível 2 e 3). Outros ainda estão lutando com sua exposição na China e em outros locais de foco de transmissão. Como o rápido reinício econômico na China é esperado, muitas empresas focaram em uma estabilização temporária, em vez de retirar as cadeias de suprimentos da nação chinesa. A consultoria também observa que o COVID-19 está servindo como um acelerador para as empresas fazerem mudanças estratégicas a longo prazo nas cadeias de suprimentos – mudanças que muitas vezes já estavam sendo consideradas.
É interessante notar que as empresas estão utilizando esse tempo de incerteza da demanda e desaceleração no fluxo de negócios para se reinventar, melhorar suas operações e rever estratégias. Mas, nenhuma dessas ações é possível sem que haja uma administração estruturada com um controle financeiro consistente. Mesmo pequenas empresas, que muitas vezes importam seus insumos da China, podem ser afetadas pelas consequências deste surto e só manterão seu fornecimento continuo se sua gestão for capaz de mapear e contornar os problemas que surgirem.
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Para se informar mais sobre o COVID-19 e o mercado global, acesse o artigo da McKinsey na íntegra.